terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Baratas também tem DEPRESSÃO

Baratas podem desenvolver quadro de depressão se ficarem isoladas

Apesar de muitos seres humano acharem as baratas nojentas, elas conseguem viver bem em sociedade.
Recentemente numa publicação da BBC e Vitakinika ( da Rússia) saiu que Biólogos estão estudando a “vida secreta” das baratas e descobriram que são seres com um sistema muito mais sofisticado, que podem reconhecer os membros de suas famílias e que não gostam de viver sozinhas, podendo, até mesmo, adoecerem se ficarem solitárias. As baratas vivem intimamente ligadas, em sociedades igualitárias, baseadas em estruturas sociais e regras, são capazes de tomar decisões coletivas em prol do bem de todos. Ao estudar certas espécies de baratas, cientistas acreditam que podem aprender como a sociedade de animais mais avançados evoluiu, inclusive a sociedade humana.
A convivência social
Algumas espécies de insetos são conhecidas por suas habilidades sociais, como as formigas, cupins e algumas abelhas e vespas, por exemplo. Os chamados "insetos eussociais" possuem estruturas e comportamentos altamente desenvolvidos.Nos insetos “eussociais”, há uma rainha dominante, que tem o privilégio de criação, o resto dos milhares de insetos são apenas trabalhadores. Esse sistema é diferente da sociedade da barata, onde qualquer uma é "autorizada" para o acasalamento e procriação. As baratas são conhecidas por serem gregárias, pois vivem em grupos em vários estágios de suas vidas, assim entendemos pouco sobre como elas realmente se comportam em torno de si. Uma revisão científica publicada na revista Insectes Sociaux explica o que sabemos agora.
Existem cerca de 4.000 espécies de baratas descritas pela ciência, até agora. Destas, cerca de 25 se adaptaram para viver entre as pessoas. Dessas, duas espécies em particular têm sido estudadas em detalhe, a barata alemã (Blatella germânica) e a barata americana (Periplaneta americana).
COMPORTAMENTO
Durante o dia, as duas espécies de baratas já citadas dormem em grupos, no interior de fendas, rachaduras, buracos, atrás de móveis, encanamentos e atrás até de eletrodomésticos como geladeira e fogão. Mas, durante à noite esses grupos se separaram, com cada barata se deslocando em busca de comida e água. Numa pesquisa feita pelo Dr. Mathieu Lihoreau, do National Centre of Scientific Research (Rennes, França), constatou esses aspectos da vida grupal das baratas. Porém, baratas que não saem com outras sofrem de “síndrome de isolamento”. Uma barata jovem dessas espécies citadas quando deixada sozinha, demora mais tempo para crescer e tornar-se adulta. Isso vai afetar seu comportamento mais adiante ao longo da vida dela. A jovem isolada demora mais tempo para encontrar um grupo e um parceiro. Parece que as baratas jovens precisam estar em contato constante umas com as outras para o correto desenvolvimento.  Em 2010, pesquisadores anunciaram que haviam encontrado baratas que "conversam entre si", sobre o alimento. Na análise do Dr. Lihoreau, as baratas dependem de pistas químicas para passarem informações sobre localização e tipo de comida para as outras. Utilizando produtos químicos, chamados hidrocarbonetos cuticulares, produzidos em seu corpo, esses insetos podem comunicar até que tipo de rachadura ou abrigo seria um bom lar para durante o descanso diurno.
PISTA QUÍMICA
Parece que algumas vezes a barata faz trilhas com odores depositando material fecal rico desses produtos químicos, para que as outras possam seguir. Com essa trilha química, as baratas também são capazes de identificar umas as outras, em especial, as que tem grau de parentesco....será até um grupo familiar??? Os cientistas descrevem o fato de reconhecerem parentes como algo “importante na vida social das baratas”, entre outras coisas. Isso “permite que os indivíduos evitem o acasalamento com seus irmãos”, dizem os cientistas. Talvez a revelação mais surpreendente sobre a vida secreta das baratas seja a formação de "grupos sociais", podendo tomar decisões coletivas. Por exemplo, ao procurar abrigo, todas as baratas do grupo vão escolher o mesmo lugar, bem como as fontes de alimento. Esse comportamento permite que sejam compartilhadas informações e decisões sejam tomadas mais rapidamente, beneficiando o grupo em sua totalidade. De fato, “podem ser vistas como formas emergentes de cooperação”, segundo os cientistas, ou “uma característica emergente de inteligência coletiva”.
Fontes: BBC, Jornal da Ciência, Vitakinika.ru

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