quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Aventura na AMAZÔNIA

 AMAZÔNIA
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Recentemente estivermos  navegando pelo Rio Negro, na região Amazônica. O rio Negro é o maior afluente da margem esquerda do rio Amazonas. É o mais extenso rio de águas escuras do mundo é o 2° maior em volume de água, atrás somente do próprio rio Amazonas, o qual ajuda a formar.
ENCONTRO das ÁGUAS
Um dos mais impressionantes fenômenos é o ENCONTRO das ÁGUAS - que ocorre na confluência entre o rio Negro, de água preta, e o rio Solimões, de água barrenta, onde as águas dos dois rios correm lado a lado sem se misturar por uma extensão de mais de 6 km. É uma das principais atrações turísticas da cidade de Manaus. Esse fenômeno acontece em decorrência da diferença entre a temperatura e densidade das águas e, ainda, à velocidade de suas correntezas: o Rio Negro corre cerca de 2 km/h a uma temperatura de 28°C, enquanto que o Rio Solimões corre de 4 a 6 km/h a uma temperatura de 22°C. Há inúmeras agências de turismo que oferecem o passeio à região, em roteiros que costumam incluir uma volta pelos igarapés da região.
autor Paulo Aníbal no Encontro das Águas
Se o passeio for feito em um barco pequeno, o visitante pode pôr a mão na água durante a travessia de um lado para o outro das águas, e sentir que os rios têm temperaturas diferentes. No período do rio cheio que vai de janeiro a julho é a melhor época para fazer um passeio para observar o encontro das águas. Pode-se entrar em braços de rios e ter a possibilidade de ver animais como pássaros, macacos e preguiças (foto abaixo).
Por exemplo, saindo de Manaus pode-se ir para a inúmeros lugares preservados da floresta amazônica como o Parque Ecológico do Janauari, onde também se pode observar inúmeros animais e plantas aquáticas como Vitórias-Régias.
O rio Negro é navegável por 720 quilômetros acima de sua foz e pode chegar a ter um mínimo de 1 metro de profundidade em tempo de seca, com muitos bancos de areia e outras dificuldades menores. Na estação das chuvas, transborda, inundando as regiões ribeirinhas em distâncias que vão de 32 km até 640 km. Todo ano, com o degelo nos Andes e a estação das chuvas na região Amazônica, o nível do rio sobe vários metros, alcançando sua máxima entre os meses de junho e julho. O pico coincide com o "verão amazônico". O nível do rio abaixa até meados de novembro, quando novamente inicia o ciclo da cheia. Em Manaus, a máxima do Rio Negro vem sendo registrado há mais de cem anos, e há um quadro no Porto de Manaus com todos os registros históricos, inclusive o da maior cheia de todos os tempos, ocorrida em 2012, alcançando, até 21 de maio (antes do início da vazante), a cota de 29,87 metros acima do nível do mar. Todos os rios da Bacia Amazônica sofrem o mesmo fenômeno de subidas e baixas em seus níveis, comandados pelos dois maiores rios: o Rio Negro e o Rio Solimões (que, ao se encontrarem, abaixo da cidade de Manaus, formam o Rio Amazonas).
BOTOS de ÁGUA DOCE
No rio Negro é sempre possível avistar alguns botos, como o Tucuxi (Sotalia Fluviatalis) e Botos Cor de Rosa (Inia Geoffrensis), na foto acima.
OUTROS animais aquáticos
A SUCURI é muito comum nos rios da região e atinge mais de 8 metros
Paulo Aníbal com uma SUCURI
Outros répteis como JACARÉS e TATARUGAS (as Tracajás) são comuns
Tracaja
 
TRIBOS INDÍGENAS no RIO NEGRO
Uma das tribos por nós visitados foram as do Desanas.
Autodenominam-se Umukomasã. Habitam principalmente o Rio Tiquié e seus afluentes Cucura, Umari e Castanha; o Rio Papuri (especialmente em Piracuara e Monfort) e seus afluentes Turi e Urucu; além de trechos do Rio Uaupés e Negro (inclusive cidades da região). Existem aproximadamente 30 divisões entre os Desana, entre chefes, mestres de cerimônia, rezadores e ajudantes. Este número pode variar segundo a fonte. Os Desana são especialistas em certos tipos de cestos trançados, como apás grandes (balaios com aros internos de cipó) e cumatás.
Momento de um dos rituais
Selfie com uma índia
Paulo Aníbal e índias da tribo
Cada grupo tem a sua própria língua, o seu conjunto particular de nomes pessoais, os seus específicos cantos de dança e as suas próprias genealogias e narrativas de origem. Cada um tem um ancestral originário da Anaconda que trouxe o povo para o seu território particular. O corpo dessa Anaconda é replicado no trecho do rio onde esse grupo mora, nas malocas em que habitam e na composição dos gruposAnaconda-ancestral penetrou o universo/casa através da "porta da água" no leste e subiu os rios Negro e Uaupés com os ancestrais de toda humanidade dentro de seu corpo. Inicialmente, esses ancestrais-espíritos tiveram a forma de ornamentos de pena, mas foram transformados em seres humanos no curso da sua viagem. Quando alcançaram a cachoeira de Ipanoré, o centro do universo, eles emergiram de um buraco nas rochas e se deslocaram para os seus respectivos territórios. Essas narrativas compartilhadas entre os povos do Uaupés expressam uma compreensão comum do cosmos, do lugar dos seres humanos nele e das relações que deveriam existir entre diferentes povos, bem como entre eles e outros seres.
Mito sobre o Universo:
O universo é feito de três camadas básicas: céu, terra e "mundo inferior". Cada camada é um mundo em si, com seus seres específicos e podendo ser entendidos tanto em termos abstratos como concretos. Em contextos diferentes, o "céu" pode ser o mundo do sol, da lua e das estrelas, ou o mundo dos pássaros que voam alto, ou os topos achatados dos tepuis (topos achatados das montanhas) dos quais descem as águas ou o mundo dos topos das árvores da floresta, ou mesmo uma cabeça enfeitada com um cocar de penas vermelhas e amarelas de arara, que são as cores do sol. Do mesmo modo, o "mundo inferior" pode ser o Rio dos Mortos debaixo da terra, o barro amarelo debaixo da camada do solo onde enterram-se os mortos, ou o mundo aquático dos rios subterrâneos. De toda forma, o que define o "céu" ou o "mundo inferior" depende não somente da escala e do contexto, mas também da perspectiva: à noite o sol, o céu e o dia ficam debaixo da terra e o escuro mundo inferior fica acima. Há uma história sobre um homem que encontra o cadáver de uma mulher-estrela que caiu na terra quando fora enterrada por sua família no céu: para seus parentes ela está morta no mundo inferior; para o homem, ela está viva na terra. O homem casa com a mulher-estrela e vai com ela visitar sua família no céu. Para o homem, as estrelas são os espíritos dos mortos que vivem à noite; para as estrelas, ele que é um espírito, e o dia para ele corresponde à noite para elas.
Mergulho nas águas limpas do rio Negro pelo autor Paulo Aníbal
Peixes típicos da região: Pirarucu, um dos maiores peixes de água doce do mundo, chegando a mais de 2 metros de comprimente e também é muito saboroso. Suas escamas são usados até como lixas.
Abaixo, a Pirara o maior "bagre" que já vi
Eis talvez o maior perigo dentro das águas...a Raia, pois seu ferrão é extremamente venenoso
Abaixo, o belo Olho vermelho do Acará
 Animais simpáticos na Floresta Amazõnica:
PACA
JABUTI
CATETU
Aranha CARANGUEJEIRA...do tamanho da palma da mão
No Seringal
 

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