sábado, 28 de fevereiro de 2015

Leonard Nimoy FALECEU

Uma triste notícia que posto em nosso blog...
Leonardo Nimoy, o eterno SPOCK da série STAR TREK, morre aos 83 anos.
Nimoy sofria de doença pulmonar obstrutiva crônica, provocada pelo cigarro. E morreu em casa nesta sexta-feira (dia 27) de manhã, em Los Angeles. As orelhas pontiagudas e sombrançelhas destacadas fizeram de Leonard Nimoy um dos atores mais conhecidos do planeta. Spock era de Vulcano: um ET que usava a lógica para se opor à emoção. Formou junto com o capitão Kirk e o doutor McCoy o principal eixo "filosófico" da série "Jornada nas Estrelas". Há poucos dias, Nimoy tinha deixado uma mensagem nas redes sociais:
"A vida é como um jardim. Momentos perfeitos podem existir, mas só são preservados na memória". E encerra com as iniciais em inglês de "VIDA LONGA e PRÓSPERA".
A turma de Star Trek
O famoso gesto com a mão (VIDA LONGA e PRÓSPERA) é uma das "marcas" de Star Trek, criada por Gene Roddenberry. Star Trek iniciou-se como uma série de televisão em 1966, originalmente chamada Star Trek mas posteriormente renomeada para Star Trek: The Original Series. Essa série levou a criação dos spin-offs Star Trek: The Animated Series, Star Trek: The Next Generation, Star Trek: Deep Space Nine, Star Trek: Voyager e Star Trek: Enterprise. 
Acima, famoso gesto de mão do "Spock" postado ontem (dia 28/02) pelo astronauta norte-americano Terry W. Virts Jr , que está em missão desde novembro de 2014 na Estação Espacial Internacional (ISS). Abaixo, postagem nas redes sociais deste gesto de mão pelo o autor deste blog e fã de Star Trek Paulo Aníbal G. Mesquita também na data de ontem

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Baratas também tem DEPRESSÃO

Baratas podem desenvolver quadro de depressão se ficarem isoladas

Apesar de muitos seres humano acharem as baratas nojentas, elas conseguem viver bem em sociedade.
Recentemente numa publicação da BBC e Vitakinika ( da Rússia) saiu que Biólogos estão estudando a “vida secreta” das baratas e descobriram que são seres com um sistema muito mais sofisticado, que podem reconhecer os membros de suas famílias e que não gostam de viver sozinhas, podendo, até mesmo, adoecerem se ficarem solitárias. As baratas vivem intimamente ligadas, em sociedades igualitárias, baseadas em estruturas sociais e regras, são capazes de tomar decisões coletivas em prol do bem de todos. Ao estudar certas espécies de baratas, cientistas acreditam que podem aprender como a sociedade de animais mais avançados evoluiu, inclusive a sociedade humana.
A convivência social
Algumas espécies de insetos são conhecidas por suas habilidades sociais, como as formigas, cupins e algumas abelhas e vespas, por exemplo. Os chamados "insetos eussociais" possuem estruturas e comportamentos altamente desenvolvidos.Nos insetos “eussociais”, há uma rainha dominante, que tem o privilégio de criação, o resto dos milhares de insetos são apenas trabalhadores. Esse sistema é diferente da sociedade da barata, onde qualquer uma é "autorizada" para o acasalamento e procriação. As baratas são conhecidas por serem gregárias, pois vivem em grupos em vários estágios de suas vidas, assim entendemos pouco sobre como elas realmente se comportam em torno de si. Uma revisão científica publicada na revista Insectes Sociaux explica o que sabemos agora.
Existem cerca de 4.000 espécies de baratas descritas pela ciência, até agora. Destas, cerca de 25 se adaptaram para viver entre as pessoas. Dessas, duas espécies em particular têm sido estudadas em detalhe, a barata alemã (Blatella germânica) e a barata americana (Periplaneta americana).
COMPORTAMENTO
Durante o dia, as duas espécies de baratas já citadas dormem em grupos, no interior de fendas, rachaduras, buracos, atrás de móveis, encanamentos e atrás até de eletrodomésticos como geladeira e fogão. Mas, durante à noite esses grupos se separaram, com cada barata se deslocando em busca de comida e água. Numa pesquisa feita pelo Dr. Mathieu Lihoreau, do National Centre of Scientific Research (Rennes, França), constatou esses aspectos da vida grupal das baratas. Porém, baratas que não saem com outras sofrem de “síndrome de isolamento”. Uma barata jovem dessas espécies citadas quando deixada sozinha, demora mais tempo para crescer e tornar-se adulta. Isso vai afetar seu comportamento mais adiante ao longo da vida dela. A jovem isolada demora mais tempo para encontrar um grupo e um parceiro. Parece que as baratas jovens precisam estar em contato constante umas com as outras para o correto desenvolvimento.  Em 2010, pesquisadores anunciaram que haviam encontrado baratas que "conversam entre si", sobre o alimento. Na análise do Dr. Lihoreau, as baratas dependem de pistas químicas para passarem informações sobre localização e tipo de comida para as outras. Utilizando produtos químicos, chamados hidrocarbonetos cuticulares, produzidos em seu corpo, esses insetos podem comunicar até que tipo de rachadura ou abrigo seria um bom lar para durante o descanso diurno.
PISTA QUÍMICA
Parece que algumas vezes a barata faz trilhas com odores depositando material fecal rico desses produtos químicos, para que as outras possam seguir. Com essa trilha química, as baratas também são capazes de identificar umas as outras, em especial, as que tem grau de parentesco....será até um grupo familiar??? Os cientistas descrevem o fato de reconhecerem parentes como algo “importante na vida social das baratas”, entre outras coisas. Isso “permite que os indivíduos evitem o acasalamento com seus irmãos”, dizem os cientistas. Talvez a revelação mais surpreendente sobre a vida secreta das baratas seja a formação de "grupos sociais", podendo tomar decisões coletivas. Por exemplo, ao procurar abrigo, todas as baratas do grupo vão escolher o mesmo lugar, bem como as fontes de alimento. Esse comportamento permite que sejam compartilhadas informações e decisões sejam tomadas mais rapidamente, beneficiando o grupo em sua totalidade. De fato, “podem ser vistas como formas emergentes de cooperação”, segundo os cientistas, ou “uma característica emergente de inteligência coletiva”.
Fontes: BBC, Jornal da Ciência, Vitakinika.ru

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Aventura na AMAZÔNIA

 AMAZÔNIA
clique sobre as imagens para vê-las ampliadas
Recentemente estivermos  navegando pelo Rio Negro, na região Amazônica. O rio Negro é o maior afluente da margem esquerda do rio Amazonas. É o mais extenso rio de águas escuras do mundo é o 2° maior em volume de água, atrás somente do próprio rio Amazonas, o qual ajuda a formar.
ENCONTRO das ÁGUAS
Um dos mais impressionantes fenômenos é o ENCONTRO das ÁGUAS - que ocorre na confluência entre o rio Negro, de água preta, e o rio Solimões, de água barrenta, onde as águas dos dois rios correm lado a lado sem se misturar por uma extensão de mais de 6 km. É uma das principais atrações turísticas da cidade de Manaus. Esse fenômeno acontece em decorrência da diferença entre a temperatura e densidade das águas e, ainda, à velocidade de suas correntezas: o Rio Negro corre cerca de 2 km/h a uma temperatura de 28°C, enquanto que o Rio Solimões corre de 4 a 6 km/h a uma temperatura de 22°C. Há inúmeras agências de turismo que oferecem o passeio à região, em roteiros que costumam incluir uma volta pelos igarapés da região.
autor Paulo Aníbal no Encontro das Águas
Se o passeio for feito em um barco pequeno, o visitante pode pôr a mão na água durante a travessia de um lado para o outro das águas, e sentir que os rios têm temperaturas diferentes. No período do rio cheio que vai de janeiro a julho é a melhor época para fazer um passeio para observar o encontro das águas. Pode-se entrar em braços de rios e ter a possibilidade de ver animais como pássaros, macacos e preguiças (foto abaixo).
Por exemplo, saindo de Manaus pode-se ir para a inúmeros lugares preservados da floresta amazônica como o Parque Ecológico do Janauari, onde também se pode observar inúmeros animais e plantas aquáticas como Vitórias-Régias.
O rio Negro é navegável por 720 quilômetros acima de sua foz e pode chegar a ter um mínimo de 1 metro de profundidade em tempo de seca, com muitos bancos de areia e outras dificuldades menores. Na estação das chuvas, transborda, inundando as regiões ribeirinhas em distâncias que vão de 32 km até 640 km. Todo ano, com o degelo nos Andes e a estação das chuvas na região Amazônica, o nível do rio sobe vários metros, alcançando sua máxima entre os meses de junho e julho. O pico coincide com o "verão amazônico". O nível do rio abaixa até meados de novembro, quando novamente inicia o ciclo da cheia. Em Manaus, a máxima do Rio Negro vem sendo registrado há mais de cem anos, e há um quadro no Porto de Manaus com todos os registros históricos, inclusive o da maior cheia de todos os tempos, ocorrida em 2012, alcançando, até 21 de maio (antes do início da vazante), a cota de 29,87 metros acima do nível do mar. Todos os rios da Bacia Amazônica sofrem o mesmo fenômeno de subidas e baixas em seus níveis, comandados pelos dois maiores rios: o Rio Negro e o Rio Solimões (que, ao se encontrarem, abaixo da cidade de Manaus, formam o Rio Amazonas).
BOTOS de ÁGUA DOCE
No rio Negro é sempre possível avistar alguns botos, como o Tucuxi (Sotalia Fluviatalis) e Botos Cor de Rosa (Inia Geoffrensis), na foto acima.
OUTROS animais aquáticos
A SUCURI é muito comum nos rios da região e atinge mais de 8 metros
Paulo Aníbal com uma SUCURI
Outros répteis como JACARÉS e TATARUGAS (as Tracajás) são comuns
Tracaja
 
TRIBOS INDÍGENAS no RIO NEGRO
Uma das tribos por nós visitados foram as do Desanas.
Autodenominam-se Umukomasã. Habitam principalmente o Rio Tiquié e seus afluentes Cucura, Umari e Castanha; o Rio Papuri (especialmente em Piracuara e Monfort) e seus afluentes Turi e Urucu; além de trechos do Rio Uaupés e Negro (inclusive cidades da região). Existem aproximadamente 30 divisões entre os Desana, entre chefes, mestres de cerimônia, rezadores e ajudantes. Este número pode variar segundo a fonte. Os Desana são especialistas em certos tipos de cestos trançados, como apás grandes (balaios com aros internos de cipó) e cumatás.
Momento de um dos rituais
Selfie com uma índia
Paulo Aníbal e índias da tribo
Cada grupo tem a sua própria língua, o seu conjunto particular de nomes pessoais, os seus específicos cantos de dança e as suas próprias genealogias e narrativas de origem. Cada um tem um ancestral originário da Anaconda que trouxe o povo para o seu território particular. O corpo dessa Anaconda é replicado no trecho do rio onde esse grupo mora, nas malocas em que habitam e na composição dos gruposAnaconda-ancestral penetrou o universo/casa através da "porta da água" no leste e subiu os rios Negro e Uaupés com os ancestrais de toda humanidade dentro de seu corpo. Inicialmente, esses ancestrais-espíritos tiveram a forma de ornamentos de pena, mas foram transformados em seres humanos no curso da sua viagem. Quando alcançaram a cachoeira de Ipanoré, o centro do universo, eles emergiram de um buraco nas rochas e se deslocaram para os seus respectivos territórios. Essas narrativas compartilhadas entre os povos do Uaupés expressam uma compreensão comum do cosmos, do lugar dos seres humanos nele e das relações que deveriam existir entre diferentes povos, bem como entre eles e outros seres.
Mito sobre o Universo:
O universo é feito de três camadas básicas: céu, terra e "mundo inferior". Cada camada é um mundo em si, com seus seres específicos e podendo ser entendidos tanto em termos abstratos como concretos. Em contextos diferentes, o "céu" pode ser o mundo do sol, da lua e das estrelas, ou o mundo dos pássaros que voam alto, ou os topos achatados dos tepuis (topos achatados das montanhas) dos quais descem as águas ou o mundo dos topos das árvores da floresta, ou mesmo uma cabeça enfeitada com um cocar de penas vermelhas e amarelas de arara, que são as cores do sol. Do mesmo modo, o "mundo inferior" pode ser o Rio dos Mortos debaixo da terra, o barro amarelo debaixo da camada do solo onde enterram-se os mortos, ou o mundo aquático dos rios subterrâneos. De toda forma, o que define o "céu" ou o "mundo inferior" depende não somente da escala e do contexto, mas também da perspectiva: à noite o sol, o céu e o dia ficam debaixo da terra e o escuro mundo inferior fica acima. Há uma história sobre um homem que encontra o cadáver de uma mulher-estrela que caiu na terra quando fora enterrada por sua família no céu: para seus parentes ela está morta no mundo inferior; para o homem, ela está viva na terra. O homem casa com a mulher-estrela e vai com ela visitar sua família no céu. Para o homem, as estrelas são os espíritos dos mortos que vivem à noite; para as estrelas, ele que é um espírito, e o dia para ele corresponde à noite para elas.
Mergulho nas águas limpas do rio Negro pelo autor Paulo Aníbal
Peixes típicos da região: Pirarucu, um dos maiores peixes de água doce do mundo, chegando a mais de 2 metros de comprimente e também é muito saboroso. Suas escamas são usados até como lixas.
Abaixo, a Pirara o maior "bagre" que já vi
Eis talvez o maior perigo dentro das águas...a Raia, pois seu ferrão é extremamente venenoso
Abaixo, o belo Olho vermelho do Acará
 Animais simpáticos na Floresta Amazõnica:
PACA
JABUTI
CATETU
Aranha CARANGUEJEIRA...do tamanho da palma da mão
No Seringal