Em 12 de Marços a NASA confirmou a presença de um imenso oceano abaixo da sua cobertura na maior "lua" de Júpiter - GANIMEDES, com a ajuda do telescópio Espacial Hubble, elevando em muito a possibilidade de haver vida.
Assim como a Terra, Ganímedes possui um núcleo de
ferro fundido que gera um campo magnético, embora o campo magnético
de Ganímedes seja amalgamado ao campo magnético de Júpiter. Isso
dá origem a uma interessante dinâmica visual, com a formação de
duas faixas de auroras brilhantes nos pólos norte e sul de
Ganímedes. Usando modelos gerados por computador, eles chegaram à
conclusão de que um oceano salgado, capaz, portanto, de conduzir
eletricidade, abaixo da superfície do satélite se contrapunha à
atração magnética de Júpiter.
Concepção das faixas de AURORAS que ajudaram a comprovar a presença de oceano |
Ganimedes
é o principal satélite
natural de Júpiter,
o maior do Sistema
Solar, sendo maior que o planeta
Mercúrio
em termos de tamanho (mas não de massa). Este gigantesco satélite
orbita Júpiter
a 1,07 milhão de quilómetros de distância.
É uma das quatro luas descobertas por
Galileo
Galilei em 1610. Ganímedes possui um diâmetro
médio de 5262,4 km;
sendo um pouco maior que o planeta
Mercúrio.
A densidade
de Ganímedes circunda os 1,942 g/cm³. A baixa densidade deve-se à
elevada percentagem de gelos com alguns silicatos de material
primordial e de impacto proveniente do espaço.
Ganímedes é composto por rocha de silicatos e gelo
de água,
com a crosta de gelo flutuando sobre um manto lamacento que pode
conter uma camada de água
líquida. A sonda
Galileu indicou que a estrutura de Ganímedes
divide-se em três camadas: um pequeno núcleo de ferro ou de ferro e
enxofre derretido rodeado por um manto rochoso de silicatos com uma
capa de gelo por cima. Este nucleo metálico sugere um elevado grau
de aquecimento no passado de Ganímedes do que se julgava. A crosta
gelada divide-se em placas tectônicas. Estas características
sugerem que o interior terá sido mais activo que hoje, com muito
mais calor no manto. O campo magnético de Ganímedes
está inserido no campo magnético gigantesco de Júpiter.
Provavelmente, este é criado como o da Terra,
resultando do movimento de material condutor no seu interior.
Pensa-se que este material condutor possa ser uma camada de água
líquida com uma concentração elevada de sal, ou que possa ser
originado no núcleo metálico de Ganímedes.
Da CONFIRMAÇÃO de PRESENÇA de ÁGUA
Observando o comportamento das auroras ganimedianas, a equipe de astrônomos liderada por Joachim Saur, da Universidade de Colônia (Alemanha) concluiu que é preciso haver um oceano de água salina sob a superfície congelada da lua.As auroras se concentram em dois “anéis” que envolvem os dois hemisférios de Ganimedes e, apesar das observações terem sido feitas no ultravioleta, teriam coloração vermelha para um observador em sua superfície. Observando a variação da posição onde estes anéis são criados, Saur e seus colegas deduziram que se o interior de Ganimedes tivesse apenas o núcleo ferroso e rocha, a posição dos anéis mudaria bastante conforme a influência da rotação do campo magnético de Júpiter, que também atua nisso tudo. Mas, em vez disso, a pequena variação da posição dos anéis de aurora indica a existência de uma camada subterrânea condutora de eletricidade e água salgada faz bem esse papel. A hipótese de existência de água já era discutida desde os anos 2000 e agora, com essa evidência independente, ela fica praticamente confirmada.Essa é uma confirmação importante que põe Ganimedes como candidato a abrigar vida no nosso Sistema Solar, mas também nos dá mais um método para se procurar por ambientes favoráveis por vida em exoplanetas. Não agora, mas gerações futuras de telescópios espaciais ou na superfície terrestre vão conseguir detectar a composição química da atmosfera de exoplanetas com precisão. A observação da atividade auroral será mais um elemento para se confirmar, ou não, a presença de água.
Tudo isso foi possível graças a GANIMEDES não só ter o tamanho de um planeta, mas também outras características físicas de planetas. Uma delas é que seu interior sofreu diferenciação, ou seja, o material mais denso foi parar no centro que foi sendo envolvido por camadas sucessivas de material menos denso. Isso é o que se observa na Terra, por exemplo. Em Ganimedes existe um núcleo ferroso, envolvido por um manto rochoso. Além disso, dados da sonda Galileo que fez 6 sobrevoos entre 1996 e 2000, sugeriram que sobre o manto rochoso, há uma capa de gelo e sobre ela um oceano de água coberto por uma crosta de gelo muito sujo. A principal característica dessa lua, que a coloca no mesmo patamar de um planeta, é que Ganimedes possui campo magnético, ou melhor, possui o seu próprio campo magnético! Ele é três vezes mais intenso que o campo magnético de Mercúrio.As auroras são fenômenos físicos provocados pela interação de partículas carregadas eletricamente, como os prótons, elétron ou íons e o campo magnético de um corpo celeste. Na Terra, por exemplo, isso pode ser verificado perto dos polos, em altas latitudes.
Da CONFIRMAÇÃO de PRESENÇA de ÁGUA
Observando o comportamento das auroras ganimedianas, a equipe de astrônomos liderada por Joachim Saur, da Universidade de Colônia (Alemanha) concluiu que é preciso haver um oceano de água salina sob a superfície congelada da lua.As auroras se concentram em dois “anéis” que envolvem os dois hemisférios de Ganimedes e, apesar das observações terem sido feitas no ultravioleta, teriam coloração vermelha para um observador em sua superfície. Observando a variação da posição onde estes anéis são criados, Saur e seus colegas deduziram que se o interior de Ganimedes tivesse apenas o núcleo ferroso e rocha, a posição dos anéis mudaria bastante conforme a influência da rotação do campo magnético de Júpiter, que também atua nisso tudo. Mas, em vez disso, a pequena variação da posição dos anéis de aurora indica a existência de uma camada subterrânea condutora de eletricidade e água salgada faz bem esse papel. A hipótese de existência de água já era discutida desde os anos 2000 e agora, com essa evidência independente, ela fica praticamente confirmada.Essa é uma confirmação importante que põe Ganimedes como candidato a abrigar vida no nosso Sistema Solar, mas também nos dá mais um método para se procurar por ambientes favoráveis por vida em exoplanetas. Não agora, mas gerações futuras de telescópios espaciais ou na superfície terrestre vão conseguir detectar a composição química da atmosfera de exoplanetas com precisão. A observação da atividade auroral será mais um elemento para se confirmar, ou não, a presença de água.
Tudo isso foi possível graças a GANIMEDES não só ter o tamanho de um planeta, mas também outras características físicas de planetas. Uma delas é que seu interior sofreu diferenciação, ou seja, o material mais denso foi parar no centro que foi sendo envolvido por camadas sucessivas de material menos denso. Isso é o que se observa na Terra, por exemplo. Em Ganimedes existe um núcleo ferroso, envolvido por um manto rochoso. Além disso, dados da sonda Galileo que fez 6 sobrevoos entre 1996 e 2000, sugeriram que sobre o manto rochoso, há uma capa de gelo e sobre ela um oceano de água coberto por uma crosta de gelo muito sujo. A principal característica dessa lua, que a coloca no mesmo patamar de um planeta, é que Ganimedes possui campo magnético, ou melhor, possui o seu próprio campo magnético! Ele é três vezes mais intenso que o campo magnético de Mercúrio.As auroras são fenômenos físicos provocados pela interação de partículas carregadas eletricamente, como os prótons, elétron ou íons e o campo magnético de um corpo celeste. Na Terra, por exemplo, isso pode ser verificado perto dos polos, em altas latitudes.
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