Numa análise preliminar das imagens feitas pela sonda Dawn, da Nasa, os
cientistas identificaram nas paredes de crateras geologicamente jovens diversas "
voçorocas". Algumas se parecem com rampas retas enquanto
outras parecem esculpir caminhos sinuosos que terminam em forma de depósitos
sedimentares.
No planeta Terra, a voçoroca é um fenômeno geológico de formação de grandes buracos
de erosão causados pela chuva e intempéries em solos onde a vegetação é escassa
e não mais protege o solo.
"Os sulcos retos que vemos em Vesta são típicos exemplos de livros didáticos
de fluxos de material seco, como a areia e são similares aos que temos visto na
Lua e que já esperávamos encontrar em Vesta", disse Jennifer Scully, membro da
missão Dawn junto à Universidade da Califórnia. (UCLA) "O problema são essas
ravinas sinuosas. Foi inesperado e emocionante tê-las descoberto, mas ainda
estamos tentando entender o que são", completou Scully.
As ravinas sinuosas são mais longas, mais estreitas e mais curvas do que as
ravinas comuns. Para tentar entender como se formaram os cientistas foram
pesquisar imagens da Terra, Marte e de outros pequenos corpos em busca de
algumas pistas.
"Na Terra, características semelhantes são esculpidas pela água líquida e são
similares àquelas encontradas na Cratera do Meteoro, no Arizona", disse
Christopher Russel, principal investigador da missão Dawn também com base na
UCLA.
Fonte: Imagem sonda Dawn revelam dezenas de ravinas sinuosas encontradas
na cratera Cornelia e batizadas de "Tipo B". A imagem inferior mostra em
destaque essas feições, que na Terra são tipicamente formadas pelo fluxo de
água. Crédito: NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA, Apolo11.com.
VESTA é o segundo maior asteroide do Sistema Solar, com um diâmetro médio de 530 km, até ser promovido a protoplaneta em maio de 2012. Foi descoberto por Heinrich Wilhelm Olbers em 29 de março de 1807. O nome provém da deusa romana Vesta, a deusa virgem da casa, correspondente à deusa da mitologia grega Héstia. Está localizado no cinturão de asteroides, região entre as órbitas de Marte e Júpiter, a 2,36 UA do Sol. Vesta é um asteroide tipo V. Seu tamanho e o brilho pouco comum na superfície fazem de Vesta o mais brilhante asteroide. É o único asteroide que é ocasionalmente visível a olho nu.
Teoriza-se que nos primeiros tempos do sistema solar, Vesta era tão quente que o seu interior derreteu. Isto resultou numa diferenciação planetária do asteroide. Provavelmente tem uma estrutura em camadas: um núcleo metálico de níquel-ferro coberto por uma camada (manto) de olivina. A superfície é de rocha basáltica, originária a partir de antigas erupções vulcânicas. A atividade vulcânica não existe hoje.Em 16 de julho de 2011 a sonda da NASA Dawn entrou em órbita ao redor de Vesta para uma exploração de um ano.
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