Uma
pesquisa publicada no Journal
of Biological Chemistry,
realizada pelos cientistas da Universidade de East Anglia (UEA), no
Reino Unido, revela que partes da “sopa primordial” -
constituição de matéria orgânica que teria dado origem à vida há
bilhões de anos, foram mantidas em nossas células até os dias de
hoje.
Pesquisa
revela como as células em plantas, fungos e provavelmente em
animais, ainda são capazes de realizar algumas funções.
A
teoria da "sopa primordial", desenvolvida pelo bioquímico russo
Aleksander Oparin, por volta de 1920, foi o resultado de um estudo
aprofundado sobre a origem da vida. Ela sugere que a vida começou em
um lago ou no mar, como resultado da combinação de metais, gases da
atmosfera e algum tipo de energia, como um relâmpago, para fazer os
blocos de construção das proteínas, que passaria a evoluir para
todas as espécies. A nova pesquisa mostra como pequenas organelas
de uma célula - conhecidas como mitocôndrias - continuam a realizar
reações semelhantes em nossos corpos até hoje. Essas reações
envolvem ferro, enxofre e eletro-química, sendo ainda importantes
para funções como a respiração em animais e fotossíntese em
plantas. “As
células confinam algumas poucas químicas perigosas em
compartimentos específicos”,
disse Janneke Balk, pesquisador chefe dessa pesquisa, da escola de
ciências biológicas da UEA e do John Innes Centre (JIC).“Por
exemplo, pequenos bolsões de uma célula chamada mitocôndria lidam
com eletroquímica e também com o metabolismo de enxofre tóxico.
Essas são reações muito antigas que estão relacionadas à origem
da vida”,
explicou Balk. "Nossa
pesquisa mostrou que um composto de enxofre tóxico está sendo
exportado por uma proteína de transporte mitocondrial para outras
partes da célula. O trabalho mostra que as partes da sopa
primordial, onde a vida surgiu, foram mantidas em nossas células até
hoje, de fato aproveitadas para manter reações biológicas
importantes”,
concluiu o pesquisador.
A
pesquisa, financiada pelo Conselho de Pesquisa de Biotecnologia e
Ciências Biológicas (BBSRC), foi realizada na UEA e JIC em
colaboração com o Dr. Hendrik van Veen na Universidade de
Cambridge.
Fonte:
http://www.jornalciencia.com/meio-ambiente/diversos/4214-cientistas-afirmam-que-materia-organica-primordial-que-gerou-vida-ha-4-bilhoes-de-anos-ainda-esta-ativa-em-nossas-celulas
Fantasticamente bela, apaixonante e profundamente reflexiva sobre o poder da vida e sobre nossas origens. Existe ainda algo da materia original em nos.
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